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INDÚSTRIA QUÍMICA - Sucesso do agronegócio em 2021 reflete nas perspectivas da indústria química para 2022

02/02/2022

Balanço recentemente divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que, apesar dos fenômenos climáticos adversos que afetaram significativamente a agropecuária brasileira no ano passado, as exportações do agronegócio cresceram 19,7% em valor, atingindo US$ 120,6 bilhões em 2021 – configurando um novo recorde nacional. Mesmo com aumento de importações, o agronegócio fechou o ano com um saldo positivo de US$ 105,1 bilhões. Em relação ao consumo, destaque para a China, que atualmente é o principal destino comercial brasileiro e que, apesar de ser também produtor, é importador.

Dependendo principalmente das condições climáticas, para este ano de 2022 a perspectiva é de safra recorde para a soja, recuperação da produção de milho (que foi prejudicada no ano passado principalmente pelas geadas), e alta na produção de algodão. Ainda há incerteza em relação à produção café, mas há muita expectativa em relação à produção de trigo neste ano. Ainda com relação à soja, há que se considerar que esse complexo representou quase um quarto do valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio em dezembro do ano passado e que o preço do grão de soja no mercado internacional alcançou patamares também recordes.

Há que se destacar que o sucesso do agronegócio impacta diretamente o bom desempenho da indústria química, responsável pelo fornecimento de produtos essenciais na composição de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Na opinião de José Rosenberg, diretor-geral da Katrium Indústrias Químicas – maior produtora de potassa cáustica da América do Sul –, foram muitos os desafios superados pela indústria química em 2021, como alta demanda, escassez da oferta mundial, elevação dos preços internacionais e questões logísticas. “O maior consumidor da potassa cáustica (hidróxido de potássio) é o agronegócio, que a emprega na produção de defensivos agrícolas e fertilizantes foliares. Sendo assim, quando a safra de grãos é destaque, também nós comemoramos”.

O executivo também chama atenção para o combate a pragas, que é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil. “Por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual, a ameaça de fungos, bactérias, ácaros, vírus, parasitas, plantas invasoras e insetos é real e crescente”. Pesquisas desenvolvidas na Universidade de São Paulo apontam que, se os cultivos não contassem com a proteção dos defensivos agrícolas, os sojicultores precisariam investir R$ 33 bilhões para obter a mesma produtividade e o custo interno da soja subiria 22,9%. Quanto ao milho, o gasto adicional para atingir a mesma produção atingiria R$ 25,3 bilhões e o custo no mercado doméstico seria 13,6% superior.

“Além de controlar plantas invasoras, os herbicidas protegem os cultivos e contribuem para o aumento da produtividade com eficiência e segurança dentro de todos os padrões avaliados. Sem mencionar que, com uma oferta maior de alimentos, os preços tendem a cair, facilitando o acesso dos brasileiros a uma alimentação mais saudável”, diz Rosenberg.

 

Fonte: José Rosenberg, diretor-geral da Katrium Indústrias Químicas – maior produtora de potassa cáustica da América do Sul, baseada em Honório Gurgel, Rio de Janeiro. www.katrium.com.br

 

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