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MÍDIAS SOCIAIS - Twitter de Elon Musk será mesmo uma “praça digital”?

11/05/2022

O que parecia especulação se tornou realidade muito recentemente, quando o homem mais rico do mundo comprou o Twitter por 44 bilhões de dólares. Mas o que pode mudar com Elon Musk à frente dessa plataforma de comunicação e expressão? Primeiramente, vale dizer que quase metade do investimento são recursos de Musk, mas a outra parte vem de instituições financeiras, como o Morgan Stanley, que emprestaram 25,5 bilhões de dólares para mais essa empreitada do ricaço. Isso quer dizer que, se o Twitter não dava lucro antes e se o novo investidor declarou não dar a mínima para economia, aparentemente vai ter de virar o jogo.

Mas o que preocupa a todos é na verdade a “liberdade de expressão” que se pretende implantar nessa mídia social. Para Musk, o Twitter tem de ser como a pracinha de uma cidade do interior, em que as pessoas falam o que querem, sem travas, para passar o tempo – mais como forma de entretenimento mesmo.

Só que a sociedade já não aguenta mais tweets falsos, sexistas, homofóbicos, preconceituosos, machistas, discriminadores de qualquer natureza social e política. E é exatamente aí que reside a apreensão com a realização desse negócio bilionário. Nos últimos anos, o Twitter implementou uma série de políticas de governança e moderação de conteúdo. Em 2020, por exemplo, ampliou sua “definição de dano” para abordar o conteúdo Covid-19, já que existia muita desinformação e contradições até mesmo de fontes autorizadas. Havia todo um cuidado em não servir de plataforma eleitoreira à base de fake news de qualquer partido político.

Agora, Elon Musk diz que pretende fazer várias mudanças potenciais na plataforma, incluindo:

  • Reorganizar a atual gestão;
  • Acrescentar um botão de edição em tweets;
  • Alterar a abordagem atual de moderação de conteúdo, inclusive por meio de suspensões temporárias de usuários em vez de proibições definitivas;
  • Mudar para um modelo “freemium” semelhante ao do Spotify, pelo qual os usuários podem pagar para evitar anúncios mais intrusivos.

Vale ressaltar que as plataformas são obrigadas a moderar, proteger os usuários de seus antagonistas, remover conteúdo ofensivo, vil ou ilegal e garantir que possam apresentar sua melhor face para novos usuários, anunciantes, parceiros e o público em geral. Sendo assim, vamos ver como vai se comportar o Twitter com relação à moderação. Muito mais está por vir.

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