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SAÚDE - Enxaqueca crônica: estudos comprovam que toxina botulínica evita crises

16/03/2012

A enxaqueca é reconhecidamente uma das doenças mais limitantes, afetando a qualidade de vida de pessoas que, não raro, chegam a passar dias com dor de cabeça, aversão ao barulho e à luz, náuseas, irritabilidade, falta de concentração, tontura e visão embaçada. Diante de um quadro desses, que afeta diretamente o convívio do paciente dentro de casa e no trabalho, a Ciência se apressa em encontrar novos tratamentos. O Botox® é um deles, tendo sido aprovado pelo FDA para o tratamento de enxaqueca crônica em 2010 e pela ANVISA no ano passado.

“Mais do que suavizar rugas de expressão, a toxina botulínica pode realmente atenuar a dor de cabeça crônica e proporcionar melhor qualidade de vida para quem sofre a agonia frequente das crises”, diz Leandro Calia, neurologista associado ao Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

Calia cita dois estudos clínicos publicados na revista médica Cephalalgia, em que 1.384 adultos com enxaqueca crônica foram randomizados para Botox® ou placebo. Todos foram submetidos a três ciclos de tratamento durante mais de um ano e registravam num diário os sintomas de cefaleia e os medicamentos utilizados para diminuir a dor. Ao final, aqueles que receberam doses fixas de toxina botulínica nas sete áreas musculares específicas da cabeça e do pescoço (frontal, corrugador, prócero, temporal, occipital, cervicais paraespinhais e trapézio) demonstraram importante diferença em relação aos demais. O tratamento com Botox® melhorou significativamente a qualidade de vida daquelas pessoas.

Na opinião do neurologista brasileiro, apesar de a aplicação de toxina botulínica não ser a primeira opção em termos de tratamento de enxaqueca crônica, tem se mostrado uma terapia bastante eficiente para determinados pacientes que já fracassaram com outros tratamentos e continuam sofrendo e tendo suas vidas limitadas pela dor. “Cerca de 1,5% da população mundial sofre de enxaqueca crônica e as mulheres são três vezes mais acometidas pela doença do que os homens. O tratamento é realizado em intervalos de doze semanas, com resultados que costumam durar cerca de três meses. Os benefícios, embora variem de paciente para paciente, costumam ser grandes, mas vale a pena consultar um profissional realmente habilitado para não correr riscos desnecessários”.

Fonte: Prof. Dr. Leandro Calia, neurologista associado ao Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

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