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Do pula-pula para o hospital

17/07/2007

Cada vez mais crianças pequenas sofrem fraturas
ao brincar nas camas elásticas

Estudo desenvolvido na Brown Medical School (Rhode Island, Estados Unidos) aponta aumento de 100% dos acidentes envolvendo crianças e camas elásticas (trampolins) entre 2000 e 2005. De acordo com o doutor James G. Linakis, os resultados são tão assustadores, que pediatras estão sendo orientados a convencer os pais a não manter em casa esse tipo de equipamento, ainda que seu uso principal seja para atividades físicas de adultos.

Além das academias de ginástica, a moda dos trampolins chegou em escolas, parques, shopping centers e clubes. A pesquisa mostra que 13% dos acidentes acometem crianças com menos de cinco anos, sendo que a maioria dos casos refere-se a fraturas. Em crianças maiores, o mais comum é sofrerem contusões.

De acordo com o médico ortopedista Ricardo Galotti, da Clínica Lage Ortopedia de Ponta, a diversão não compensa os riscos. “Pais que só conseguem enxergar a alegria de seus filhos ao saltar cada vez mais alto no pula-pula e não percebem que aquela aparente diversão pode comprometer até mesmo a coluna da criança devem ser conscientizados dos riscos.”.

Galotti diz que o pula-pula inflável – brinquedo que não falta em parques de diversão – oferece riscos muito semelhantes aos da cama elástica. “Há sempre a possibilidade de duas crianças se chocarem fortemente enquanto saltam, de caírem no chão de mau jeito e fraturar um ou mais ossos, de lesionarem tecidos e ligamentos”.

O especialista aponta os cuidados necessários para evitar acidentes com camas elásticas:

• “A rigor, o uso dos trampolins deveria ser restrito ao público adulto que freqüenta academias de ginástica – e sempre supervisionado;
• Aqueles que insistem em manter em casa uma cama elástica devem tomar cuidado de limitar o acesso de crianças;
• Quando muito, um adulto poderá supervisionar os saltos bem de perto de uma criança por vez – e por poucos minutos;
• Antes de iniciar as atividades na cama elástica, deve-se checar a firmeza dos pés – que devem estar apoiados no chão, sobre uma superfície redutora de impactos (borracha, por exemplo);
• Todas as barras, ganchos, molas e demais partes metálicas devem estar devidamente revestidas de espuma, a fim de diminuir a intensidade do choque, caso venha a acontecer;
• Todo equipamento de ginástica deve ser utilizado longe de estruturas metálicas, móveis pontiagudos, portões, grades, e qualquer objeto que ofereça risco em caso de queda”.■

Fonte: Dr. Ricardo Galotti, médico ortopedista da Clínica Lage Ortopedia de Ponta (www.clinicalage.com.br), especialista em Medicina Esportiva

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