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CÂNCER DE PRÓSTATA: Machismo reduz chances de cura

03/08/2007

Estudo divulgado recentemente no British Journal of Health Psychology aponta o machismo como uma das causas principais do diagnóstico tardio do câncer de próstata. Curiosamente, o medo de descobrir a doença vem logo atrás. A pesquisa foi realizada pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, mas revela muito da personalidade do brasileiro.

“O ‘machismo’ e o ‘medo’ são características recorrentes entre os homens, independentemente de sua nacionalidade, e acabam fazendo com que o paciente demore muito para procurar um médico especialista pela primeira vez. Todo homem acima de 40 anos deve procurar um urologista e passar por esse exame clínico anualmente”, diz o médico radiologista Eduardo Secaf, da URP Diagnósticos Médicos.

Secaf explica que o procedimento é barato, eficiente, rápido e de fácil realização. As lesões superficiais são detectáveis pelo toque retal. Nos casos em que a lesão é mais profunda, ou quando há necessidade de estadiamento das lesões (para saber quais tecidos estão envolvidos pela doença), os métodos de imagem são mais indicados.

O câncer de próstata é o segundo tipo da doença que mais atinge os homens, perdendo apenas para o câncer de pele (carcinoma). Em 2006, foram detectados mais de 47 mil novos casos no Brasil. O retardo no diagnóstico da doença é responsável pelo alto índice de mortalidade.

O radiologista diz que os sintomas mais comuns da doença são facilmente reconhecíveis: vontade de urinar diversas vezes à noite, redução do jato urinário e presença de dor durante a micção. Fatores hereditários também são características importantes.

De acordo com Secaf, quando o toque retal e o nível de PSA no sangue (substância produzida pela próstata) indicam a presença de algum tipo de lesão, deve-se prosseguir a investigação realizando uma ultra-sonografia transretal e a biópsia guiada pelo ultra-som, geralmente realizados sob sedação. “Esses procedimentos são geralmente bem tolerados pelos pacientes. Por isso, não se justifica o comportamento preconceituoso que a maioria dos homens ainda adota, pondo a vida em risco à toa”.

Fonte: Dr. Eduardo Secaf, médico radiologista da URP Diagnósticos Médicos, São Paulo.

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