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Partido Federalista: opção política em meio à crise

15/08/2007

*Thomas Korontai

Em meio à maior crise política e de gestão vivida pelo Brasil desde a redemocratização do país, o Executivo Federal reduz o problema ao ultrapassado debate entre direita e esquerda, entre governo dos ricos versus governo dos pobres. A oposição, por sua vez, vai a reboque do discurso oficial e abre mão de seus programas e suas bandeiras, pressionada pelos índices de popularidade do Presidente da República.

À luz do Federalismo, a solução passa muito além desse discurso vigente até o final do século XX. É necessário discutir a reorganização administrativa do Estado Brasileiro sob bases sólidas, que permitam o desenvolvimento econômico com a garantia das liberdades individuais.

Para que isso seja possível, é importante haver partidos fortes, com programas bem definidos e que se afastem do fisiologismo, do clientelismo e dos acordos de ocasião. O pluripartidarismo, fator essencial ao regime democrático, só ganha sentido quando há o embate aberto de idéias entre os partidos dos mais diversos matizes. Isso, sem que haja acordos baseados na conveniência política, como coligações de partidos de direita ou liberais com partidos de esquerda ou até comunistas.

Da mesma forma, candidatos que assumiram compromissos com setores específicos da sociedade encontram dificuldade em sua atuação parlamentar. Nesse sentido, o Partido Federalista sai em defesa da livre iniciativa, do respeito integral ao direito de propriedade e ao meio ambiente, e da valorização do indivíduo, conforme consta no programa.

Um Estado inchado, como o brasileiro, centralizador de poder e recursos, é a situação intrincada que amarra nosso desenvolvimento. Pensar um país onde estados e municípios tenham competência para legislar sobre matérias de direito civil, penal, tributário, previdenciário, trabalhista e administrativo, obedecendo ao referendo democrático, é um dos papéis do Partido Federalista.

Federalismo não é ideologia, mas ferramenta organizacional que permite a convivência de muitas correntes de pensamento dentro da diversidade existente no território brasileiro. Neste novo modelo, determinados grupos tidos como de direita ou de esquerda, anarquistas incluídos, poderiam fazer suas experiências sociais, com seus respectivos simpatizantes, com seu próprio dinheiro e espaços físicos, sem que o Estado tenha que ser submetido a isso.

Aos que reduzem nossos problemas à queda de braço entre direita e esquerda, resta ver passar as oportunidades perdidas. ▲

*Thomas Korontai é presidente do Partido Federalista (www.federalista.org.br)
e autor dos livros “Brasil Confederação” (Editora Pinha, 1993) e “É coisa de maluco?” (Editora Multidéia, 1998)

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