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Otimismo e saúde andam juntos

19/09/2007

Estudos já comprovaram que a felicidade é o melhor remédio contra doenças. Sheldon Cohen, professor de Psicologia da Carnegie Mellon University, em Pittsburgh (Estados Unidos), diz que é preciso levar a sério a necessidade de manter um estado emocional mais positivo, já que é um fator importante na prevenção de doenças.

Obviamente, adoecer faz parte da vida, além de não encontrarmos ‘pílulas de felicidade’ em drogarias. “É necessário um esforço pessoal”, diz Cohen. Seu estudo revelou que emoções positivas são um excelente reforço contra gripes, resfriados e outras doenças.

Na opinião do professor Luiz Gonzaga Leite, chefe da psicologia do Hospital Santa Paula, de São Paulo, “pessoas que não conseguem enxergar aquela ‘luz no fim do túnel’, principalmente por causa de problemas financeiros, certamente acabam somatizando diversas doenças. É comum a pessoa apresentar baixa imunidade para gripes e resfriados, alergias, obesidade, problemas de pele, hormonais, cardíacos e gástricos.”

Leite diz que a contribuição do psicólogo, nesses casos, também se dá no sentido de ajudar o paciente a buscar um equilíbrio inclusive no âmbito financeiro, encontrando soluções para seus problemas materiais e exercitando a aceitação dos limites impostos pela realidade.

A falta de atitudes positivas na vida a dois também compromete a saúde. De acordo com o médico cardiologista Otávio Gebara, do Instituto de Cardiologia de São Paulo, “o estresse envolvido nas desavenças conjugais – que às vezes se arrastam por 10, 20, ou 50 anos – aumenta os níveis de catecolaminas na circulação, substâncias que levam ao estreitamento das artérias. Além disso, o estresse também ativa as plaquetas que são responsáveis pela coagulação do sangue. A soma dos dois efeitos leva a uma condição propícia para o entupimento de uma artéria, o que causa o infarto e o acidente vascular cerebral”.

O estresse psicológico de vivenciar desavenças matrimoniais também pode contribuir para a síndrome metabólica, que é uma reunião de disfunções – como pressão alta, excesso de gordura abdominal, níveis anormais de colesterol e elevada taxa de açúcar no sangue – que aumentam o risco de diabetes, cardiopatias e enfarte.

“Mulheres mais felizes liberam menores quantidades de cortisol, substância que participa no desenvolvimento de hipertensão e arteriosclerose. Essas duas doenças são as responsáveis pela maioria das mortes em todo mundo”, explica o cardiologista.

Gebara alerta: “Não basta apenas querer ficar feliz para escapar do problema. O que se sabe é que algumas atividades, como a meditação e o relaxamento, liberam na circulação substâncias protetoras e diminuem os hormônios ligados ao estresse, como o cortisol e a adrenalina”.

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