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Mexer no físico altera o mental?

06/11/2007

Diante do sucesso e da popularização da cirurgia plástica, há quem pergunte se toda mudança física é acompanhada de uma mudança psicológica. De acordo com o doutor Fabrício Torres, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o que geralmente leva uma pessoa a querer mudar qualquer parte do corpo é a insatisfação ou mesmo a sensação de perda da juventude. Nesse sentido, o cirurgião plástico acredita que sim, de fato a pessoa sai do pós-operatório já com outra disposição diante da vida naquele momento.

“Ainda há muitos pacientes que chegam ao consultório como se estivessem chegando ao lugar certo para resolverem seus problemas, estéticos ou não. Muitos buscam resultados milagrosos. Cabe ao bom profissional agir com honestidade suficiente para contra-indicar uma cirurgia quando necessário ou determinar seus limites. Mas, de modo geral, eles estão percebendo que a aparência pode acompanhar sua jovialidade de espírito”, diz Torres.

De acordo com o cirurgião plástico, quando uma paciente deixa o consultório com uma aparência dez anos mais jovem, parece ser outra mulher. “Ela ganha autoconfiança, sente-se mais bem disposta, sexy e pronta para encarar novos desafios”.

Muito dessa disposição tem-se refletido no mercado de trabalho, onde já encontramos lindas – e experientes – mulheres competindo em igualdade de condições (com alguma vantagem, inclusive) com meninas de vinte e poucos anos.

“Esse é outro ponto importante. As exigências do mercado de trabalho estão aumentando a demanda por cirurgia plástica e outros procedimentos pouco ou nada invasivos. Isto não quer dizer que seja uma obrigação cuidar da aparência, não se trata de uma ditadura da beleza. Mas há recursos muito eficientes que dão ótimos resultados, como o peeling a laser e a aplicação de toxina botulínica, que suaviza rugas de expressão e sinais de envelhecimento. Outras optam por uma combinação do facelift com o Botox, para dar uma ‘levantada geral’ na aparência”, afirma o especialista.

Torres ressalta que, para se manter sempre bonita, é necessário cultivar a saúde mental e tentar desestressar. Embora as clínicas de cirurgia plástica possam resolver quase todos os problemas que comprometem a auto-estima das pessoas, o especialista diz que o combate ao estresse tem sido visto como importante coadjuvante para prolongar a boa aparência.

“Longos períodos de estresse retardam o processo de renovação da pele, destroem as fibras de colágeno e provocam a perda da elasticidade e viço. É comum, também, surgirem bolsas palpebrais proeminentes, cujo tratamento mais eficaz ainda é a blefaroplastia (cirurgia plástica dos olhos)”, diz Fabrício Torres.

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