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Princípio de derrame exige medidas urgentes

23/11/2007

Um em cada 20 episódios resulta em
infarto fulminante no prazo de uma semana

Cientistas britânicos afirmaram que um em cada 20 mini-infartos – princípios de derrame – irá evoluir para infarto fulminante no prazo de uma semana, revelando a necessidade de se buscar tratamento emergencial aos primeiros sintomas. De acordo com o doutor Matthew Giles, da Universidade de Oxford, pacientes que desconhecem os sintomas do “ataque isquêmico transitório” têm seus riscos aumentados em 11%.

De acordo com o Dr. João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião do Hospital Santa Paula (SP), os sintomas do “ataque isquêmico transitório”, uma versão mais branda, porém importante do infarto cerebral, não devem ser ignorados. “O ‘princípio de derrame’ é a definição popular do ataque isquêmico transitório. Trata-se de um déficit neurológico transitório, dura menos de 24 horas e é causado pela falta momentânea da chegada de sangue ao cérebro. Entre os fatores que o predispõem estão hipertensão arterial, doença cardíaca, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo”.

Segundo o neurocirurgião, há alguns sintomas que remetem ao “princípio de derrame”. “O paciente pode sentir fraqueza nos membros (perna e braço) de um lado do corpo, que também pode ser acompanhado de alterações da fala, perda visual ou formigamento de metade do corpo. Há casos, no entanto, em que o derrame não é causado por falta de sangue, mas por excesso, resultando em sangramento cerebral. Esses casos costumam ser bem mais graves, até fatais”.

Franco afirma que, como o derrame está associado à hipertensão arterial, é importante que todos os hipertensos controlem bem sua pressão. “Os derrames do tipo hemorrágico podem se manifestar também com convulsões, sonolência profunda e até resultar em morte. Vale ressaltar que, ainda que o quadro de ‘princípio de derrame’ retroceda e o paciente volte ao normal no dia seguinte, é imperativo receber tratamento para evitar reincidência mais grave, mesmo fatal”. ◙

Fonte: Dr. João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião do Hospital Santa Paula (SP) (www.santapaula.com.br)

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