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Cãozinho de estimação também morde

14/01/2008

Especialista dá cinco dicas para evitar acidentes

Há cada vez mais infra-estrutura para que os animais de estimação viagem com seus donos durante as férias e feriados. Cresce, inclusive, o número de hotéis que aceitam os hóspedes de quatro patas. Se, por um lado, isso é bom, por outro representa um cuidado a mais que as crianças devem ter para evitar serem mordidas. No Brasil, 150 mil pessoas são mordidas pelos animais de estimação todos os anos.

Em mais de 70% dos casos, as mordidas dos cães atingem o rosto. “As piores conseqüências ocorrem quando a vítima é criança, o que representa 60% das ocorrências. Assim como as ensinamos a tomar precauções quando andam de patins ou bicicleta, devemos preveni-las sobre os riscos de se aproximarem muito dos animais, mesmo os de estimação”, afirma o cirurgião plástico Robert Jan Bloch.

Bloch diz que nariz, boca e bochecha são os principais alvos dos cachorros quando atacam. “Quando um cão morde uma pessoa no rosto, principalmente uma criança, como a pele é mais fina e vascularizada, acaba provocando sérias deformidades.”

O cirurgião plástico alerta que, assim que sofre a mordida, a pessoa precisa ser protegida contra infecções, como o tétano. “Além disso, o tecido dilacerado deverá ser retirado e reconstruído via cirurgia. As cicatrizes são inevitáveis e podem ser necessárias novas intervenções até ficarem quase imperceptíveis.”

O especialista dá cinco dicas para evitar acidentes com animais de estimação:

1. Evite aproximar seu rosto ao focinho de qualquer cachorro
2. Não se aproxime de um cão estranho nem ignore avisos de que um cão é bravo e representa perigo
3. Nunca leve seu cachorro para passear sem coleira – e, se for de grande porte, coloque a focinheira no animal antes mesmo de sair de casa
4. Nunca perturbe um cão que está dormindo, comendo ou brincando com seus pertences
5. Certifique-se de que seu cão está com todas as vacinas em dia.

Em caso de ataque inevitável, Robert Jan Bloch lembra que a pessoa não deve sair correndo, mas enrolar-se como uma bola e permanecer nessa posição até que alguém venha em seu socorro.

Fonte: Dr. Robert Jan Bloch, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

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