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Como diagnosticar e tratar as síndromes de dor?

24/01/2008

Especialista alerta para importância do
diagnóstico preciso e de tratamento de ponta

Apesar do nome ‘difícil’, a Síndrome Miofascial (SMF) é a causa mais comum de dor músculo-esquelética. Nas clínicas especializadas em tratamento de dor crônica, ela está presente em 85% dos casos. Trata-se de um conjunto de sintomas que apresentam dor localizada em determinados pontos dos músculos, aumento da sensibilidade muscular e limitação dos movimentos, acometendo com mais freqüência a cabeça, o pescoço, ombros, braços, pernas e região lombar e glútea.

De acordo com a doutora Marta Imamura, fisiatra do Hospital das Clínicas (SP), a Síndrome Miofascial pode acometer qualquer grupo muscular e, não raramente, estar associada ao estresse, depressão e outros problemas emocionais. “O desafio principal é chegar ao diagnóstico acertado, que é essencialmente clínico. O médico preparado saberá avaliar o histórico de saúde do paciente e seu estado emocional, fazer um exame físico e do aparelho motor. Além disso, é preciso saber diferenciar a SMF da fibromialgia”.

A médica diz que, apesar de apresentarem sintomas comuns e de desencadearem os principais episódios de dor, a fibromialgia provoca uma dor mais generalizada, em diversas partes do corpo, enquanto a SMF diz respeito a uma dor mais localizada, caracterizada pelos ‘trigger points’. “Esses pontos-gatilho são regiões mais sensíveis que, ao serem pressionadas, podem resultar em dor local ou irradiar a dor para outras partes do corpo. A dor miofascial nos músculos do pescoço, por exemplo, pode simular dor de cabeça, dor de dente e até tendinite no ombro. Daí a importância de acertar o diagnóstico”.

Na opinião da doutora Marta, o tratamento por ondas de choque tem oferecido melhores resultados em pacientes que sofrem de Síndrome Miofascial. “As ondas de choque, que são mecânicas e não têm relação com eletricidade, são aplicadas no local da inflamação, ativando a circulação sangüínea e promovendo a reparação do tecido inflamado. Normalmente, são necessárias apenas três aplicações com intervalos de uma semana entre elas”.

A especialista diz que o tratamento com ondas de choque extracorpórea é uma alternativa bem-sucedida ao tratamento cirúrgico. “Hoje procuramos evitar as intervenções cirúrgicas e tudo o que diz respeito a anestesia, internação hospitalar, longo tempo de recuperação, afastamento do trabalho etc. Neste caso, trata-se de uma alternativa dotada de tecnologia de ponta que não necessita de preparo antecipado e que apresenta melhora de 90% se o diagnóstico for correto”.

Fonte: Dra. Marta Imamura, médica fisiatra do Hospital das Clínicas (SP)

Mais informações:
http://www.dolorclast.com.br/paciente/index.html

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