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Higienização industrial: mais que uma obrigação

27/06/2008

*Sonia Moura

Os padrões de higiene e limpeza devem ser prioritários no escopo da alta competitividade industrial. Mais do que simplesmente provar ao mercado que os processos industriais atendem às expectativas dos distribuidores e consumidores, a higiene hoje está associada à saúde humana e à preservação do meio ambiente.

Cada vez mais organizações internacionais se lançam no controle das produções, fiscalizando tanto instalações e ambientes, quanto o modo como as matérias-primas são manipuladas. Embora seja irreal garantir um ambiente 100% livre de contaminação, a indústria precisa se dedicar ainda mais para atingir um patamar de segurança.

Sempre que ocorrem surtos de contaminação alimentar em razão de produtos processados de forma negligente, há prejuízo da imagem de toda a indústria brasileira. E isto é um mau negócio, haja vista os recentes embargos impostos por países estrangeiros aos nossos produtos. Garantir a manutenção das melhores condições higiênicas de pessoas, equipamentos, utensílios, instrumentos e ambientes é essencial para a produção de um alimento seguro, além de reforçar a boa imagem do fabricante no mercado.

No Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária conta com um sistema de registro sanitário de alto nível e que costuma ser aplicado com rigor. Apesar disso, ainda se espera dos fabricantes uma postura muito mais ativa do que reativa, como é comum acontecer. Ou seja, quem se dá conta da importância da higienização industrial e do controle de pragas, investindo em melhorias nesse sentido, ganha em competitividade, fideliza sua marca entre os consumidores, conquista o respeito do mercado e jamais teme qualquer visita de inspeção.

Diferentes estágios do processamento de alimentos demandam diferentes níveis de higienização. Isso quer dizer que, assim que chegar à planta industrial, uma equipe especializada trabalhará em conjunto com a direção da fábrica, a fim de apontar as medidas que efetivamente deverão ser empregadas em cada local.

Outro ponto crítico e que demanda um trabalho de aculturamento de todos os funcionários da fábrica, além de medidas efetivas, é o controle de pragas. Esse tipo de educação para se ter um ambiente saudável e livre de infestações está vinculado com o resultado final, já que normalmente as negligências cometidas pelas pessoas é que atraem ‘visitantes indesejados’ para o ambiente industrial, favorecendo a contaminação de matérias-primas e os surtos de doenças entre os industriários.

Basicamente, para um controle efetivo de pragas, é necessário levar em consideração o acesso, o abrigo e o alimento. Ou seja, checar e tomar providências com relação a todas as formas de acesso, não oferecer locais que sirvam de abrigo e adotar medidas de higiene que evitem a presença de resíduos alimentares, além de água. Na medida em que as indústrias adotam a higienização sistemática e o controle de pragas como ações prioritárias em suas agendas, a manutenção da planta fabril passa a ser um procedimento relativamente simples.

*Sonia Moura é bióloga e gerente técnica da Praxxis Controle de Pragas, braço de empresa da Brasanitas Serviços Integrados. (http://www.brasanitas.com.br/new/controle_pragras.htm)

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