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Supertreinamento condena atletas a dor permanente

08/07/2008

Enquanto muitos atletas brasileiros seguem disputando a classificação para as Olimpíadas de Pequim, aqueles que têm certeza da participação intensificam os treinamentos. A maior parte está disposta a competir sentindo dor, inclusive. De acordo com o médico ortopedista José Noberto Giordano, eles também correm risco de adquirir dor crônica.

“Dependendo do esporte que se pratica, apenas uma única articulação é comprometida. Praticantes de tae kwon do, ginástica olímpica, futebol, basquetebol e tênis de mesa, por exemplo, costumam desenvolver problemas no quadril com mais freqüência. Quem joga futebol também acaba ‘castigando’ demais as articulações dos joelhos, assim como os atletas que competem no pentatlo e decatlo modernos. Os jogadores de vôlei, por estarem expostos à intensa movimentação de braços, pernas e quadris, costumam antecipar os mais diversos problemas de artrose quando estão na faixa dos 30 anos”, diz Giordano.

Segundo o especialista, quando a doença se instala, o esportista pode sentir dificuldade em apontar com exatidão onde dói. O atleta passa a sentir dor durante treinamentos e jogos, estando mais exposto a lesões. Esse indício de sobrecarga pode ser acompanhado por outras manifestações: sensibilidade exagerada nas articulações, inchaço, crepitações (estalos), atrofia muscular e instabilidade articular.

Para controlar a dor e proporcionar mais qualidade de vida aos atletas, Giordano diz que há opções interessantes. “O repouso da região afetada é necessário sempre que possível, mas o esportista pode contar com fisioterapia, hidroterapia, exercícios para fortalecer os músculos que revestem as juntas, correções ergonômicas, medicamentos antiinflamatórios, tratamento com ondas de choque e cirurgia”.

Segundo o ortopedista, o tratamento com ondas de choque – que são acústicas, não tendo nada a ver com eletricidade – oferece vantagens por não ser invasivo, não provocar dor nem efeitos colaterais. O ortopedista explica que as ondas de choque ativam a circulação sangüínea e promovem a reparação do osso. “Geralmente, o atleta apresenta melhora a partir da primeira sessão, embora o tratamento habitual seja formado por três sessões de aplicações com espaçamento de uma semana entre elas”.

Giordano faz um alerta aos atletas: “O consumo exagerado de álcool, fumo e alimentação inadequada podem comprometer o sucesso de qualquer tratamento. Portanto, é importante que o esportista esteja consciente de suas limitações e receba acompanhamento dos médicos de sua delegação em tempo integral”.

Fonte: Dr. José Noberto Giordano, médico ortopedista e fisiatra do Rio de Janeiro (RJ)
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