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Uma doença chamada 'espasticidade'

22/07/2008

Estudo recentemente apresentado em congresso europeu demonstra eficiência do tratamento de espasmos com ondas de choque

Estudo coordenado pela Associação Espanhola de Paralisia Cerebral e apresentado recentemente no congresso da ISMST (International Society of Medical Shockwave Therapy), em Juan Les Pins (França), demonstrou a eficácia do tratamento por ondas de choque em pacientes portadores de espasticidade. Trata-se de uma desordem motora relacionada ao sistema nervoso central que provoca espasmos incapacitantes.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hiperatividade muscular que a espasticidade impõe afeta milhões de pessoas no mundo todo e geralmente está relacionada a traumatismos crânio-encefálicos, acidente vascular cerebral (AVC), paralisia cerebral e doenças degenerativas da medula, entre outros. Quando não tratada, a disfunção causa contraturas, rigidez, luxações, e até deformidades. Mas, o que mais incomoda o paciente – além da dor – é a incapacidade de realizar tarefas simples, como se alimentar, caminhar, dormir e cuidar da higiene pessoal.

Apesar de não haver cura definitiva da lesão, o objetivo dos tratamentos que vêm sendo apresentados é diminuir a incapacidade do doente, inserindo-o num programa de reabilitação. Depois de alguns estudos que avaliaram a eficiência do uso da toxina botulínica (Botox), a novidade agora é o tratamento por ondas de choque.

Segundo os cientistas espanhóis, todos os pacientes entre 34 e 48 anos apresentaram redução imediata da espasticidade das mãos, pulsos e membros inferiores. Em alguns casos, com apenas uma sessão foi possível reduzir o problema e prolongar os efeitos por até um mês. Os estudos continuam, avisaram os pesquisadores.

Na opinião de Alec Flinte, empresário responsável pela introdução da tecnologia suíça de ondas de choque no Brasil, os benefícios do tratamento puderam ser comprovados neste e em mais de 60 trabalhos apresentados no congresso. “O tratamento por ondas de choque, que na verdade são ondas acústicas aplicadas localmente, ativando a circulação sangüínea e promovendo a reparação do tecido lesionado, está recebendo muito mais atenção dos cientistas, uma vez que estamos na era dos tratamentos conservadores e não-invasivos”.

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