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Muita tecnologia, poucos filhos

09/02/2009

Substâncias químicas perigosas estão dentro de casa
e podem reduzir fertilidade de homens e mulheres

Diversos estudos relacionam a contaminação da natureza e do homem por produtos que não se decompõem facilmente com água, luz, nem no meio ambiente. Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA) divulgaram estudo comprovando evidências de que substâncias perfluoradas podem comprometer a fertilidade feminina. O problema é que esses compostos químicos podem ser encontrados em abundância dentro de todos os lares. Estão na panela antiaderente, no estofamento dos carros e sofás, nos colchões, nos produtos de limpeza, de higiene pessoal e até mesmo em algumas maquiagens.

“O que parecia significar um ganho passou a ser objeto de muita preocupação com a saúde em geral. As pessoas desconhecem que vêm sendo cada vez mais expostas a substâncias químicas altamente tóxicas. Algumas, inclusive, são empregadas na indústria de embalagens e acabam contaminando os alimentos, como os ‘ftalatos’ usados para deixar os plásticos mais flexíveis”, diz a doutora Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana.

De acordo com a especialista, além de dificultar a gravidez, as substâncias perfluoradas não são facilmente eliminadas do organismo, podendo contaminar os bebês durante a amamentação. “O emprego de substâncias tóxicas na indústria tem provocado muitos desdobramentos. Os pesticidas usados no cultivo de frutas e legumes é outra fonte de preocupação, já que também contaminam a água. Isto sem falar nas altas taxas de conservantes e hormônios utilizados na indústria alimentícia, que têm contribuído com o aumento da infertilidade masculina”.

Segundo a médica, as agressões ao meio ambiente estão diretamente relacionadas com a saúde da população. “Vamos enfrentar graves problemas de continuidade das novas gerações se não conseguirmos encontrar soluções para reduzir a poluição ambiental e controlar o uso desses químicos que comprometem a reprodução humana. Somos comprovadamente expostos diariamente a substâncias que diminuem a produção de espermatozóides no homem, reduzem a fertilidade feminina e dificultam inclusive o sucesso dos tratamentos de fertilização”.

Fonte: Dra. Silvana Chedid, médica ginecologista, diretora da clínica Chedid Grieco Medicina Reprodutiva, chefe do depto. de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa (SP). www.chedidgrieco.com.br

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