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Carreira versus vida pessoal

04/03/2009

Independência feminina aumenta casos de infertilidade.
Especialista aponta 5 atitudes para aumentar as chances
de quem pretende adiar a maternidade

Se as novas gerações de mulheres têm algo em comum é a vontade de priorizar a carreira. Dos 15 aos 30 anos o objetivo é estudar, trabalhar e conquistar independência financeira. Hoje, as mulheres estão adiando a maternidade para depois dessa fase e optando por ter um ou dois filhos apenas. Só tem um problema: a “mãe natureza” é conservadora. Ou seja, quanto mais o tempo passa, fica ainda mais difícil ter um bebê.

“Todos os meses, jovens saudáveis têm 20% de chance de engravidar. Depois dos 35 anos, essa taxa cai para 5%”, diz a doutora Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana e diretora da Clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva. Ou seja, cada vez mais a mulher moderna se depara com a necessidade de buscar ajuda médica para ter um filho.

Na opinião da especialista, a situação é menos assustadora do que parece. “Não há dúvida de que adiar a gravidez pode dificultar a realização do sonho de ser mãe. Mas isso não significa impedir. Se, por um lado, a mulher está mais exposta ao stress, aos efeitos nocivos da poluição, do sedentarismo e da má alimentação, por outro lado a ciência tem avançado bastante. Até as décadas de 80 e 90, era muito arriscado ter um filho aos 40 anos. Hoje, até mesmo uma sexagenária pode engravidar”.

A doutora Silvana Chedid aponta cinco atitudes para quem quer priorizar a carreira sem medo de ter de abrir mão de formar uma família mais tarde:

1. Conheça seu próprio corpo. “É importante que, desde menina, a mulher saiba identificar as fases do ciclo menstrual. Não propriamente para saber quando está de TPM, mas quando está ovulando, por exemplo”.
2. Preserve sua saúde. “Praticar sexo seguro desde o início da atividade sexual, evitando doenças sexualmente transmissíveis (DST), é fator-chave para prolongar a fertilidade. Portanto, faça uso de preservativos sempre e não se esqueça de passar em consulta ginecológica pelo menos uma vez por ano”.
3. Fique longe dos vícios. “Diga não às drogas, mas também às bebidas alcoólicas e ao cigarro, que diminuem consideravelmente as chances de gerar um bebê – além de prejudicar a saúde”.
4. Cuide bem da sua alimentação. “Mais de 10% dos casos de infertilidade são atribuídos ao excesso ou à falta de peso. Portanto, inclua mais vegetais, legumes, cereais integrais, sementes, óleos nobres, queijos e iogurtes em sua dieta. Além disso, alguns alimentos são ‘obrigatórios’: tomate, alho, maçã e nozes”.
5. Não se entregue ao sedentarismo. “Por menos tempo que a mulher tenha para se dedicar aos exercícios físicos, ela não deve relaxar. A caminhada de meia hora todos os dias é uma grande aliada desse processo de manutenção da saúde”.

Fonte: Dra. Silvana Chedid é diretora da Clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva (www.chedidgrieco.com.br) e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa (SP)

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