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Consumo de energia elétrica ainda não preocupa empresários brasileiros

23/06/2009

A eficiência energética é uma das três principais preocupações dos 120 gestores de data center que responderam à pesquisa norte-americana conduzida pelo Data Center Users Group (DCUG). Quatro anos atrás, esse quesito praticamente nem foi mencionado. Agora, enquanto 61% estão fazendo cortes nos orçamentos e 46% estão preocupados em adequar o monitoramento, 47% tentam implantar soluções que reduzam o consumo de energia elétrica. No Brasil, a eficiência energética ainda não é prioridade para grande parte das empresas.

“As empresas nacionais estão mais empenhadas em incluir um projeto de elétrica redundante para suportar sua nova estrutura de TI do que propriamente com o consumo energético. Isso deve mudar dentro de poucos anos, já que na última década as tarifas e as cargas tributárias do setor foram fortemente reajustadas”, diz Adriano Filadoro, diretor de tecnologia da Online Brasil.

Na opinião de Filadoro, enquanto pagávamos muito menos pelo consumo de energia elétrica do que a população de países ricos – dependentes de combustível fóssil – havia alguma justificativa para o descaso. Hoje, o cenário é outro e o nível de consciência em relação aos esforços necessários para economizar os recursos naturais do planeta é cada vez maior.

“Não basta apenas consolidar servidores físicos e investir na virtualização das máquinas para aumentar a performance e melhorar a administração do ambiente profissional. É preciso pensar mais adiante, em sistemas que reduzam o consumo desenfreado dos nossos recursos naturais”, diz o executivo.

A pesquisa apresentada pela DCUG revela que, por meio da combinação de servidores, tecnologias de virtualização e novos equipamentos para garantir o funcionamento e o resfriamento das máquinas, é possível reduzir 20% dos custos com energia. Algo como diminuir um em cada cinco racks no data center.

“Investir em um sistema de refrigeração de última geração representa uma oportunidade de aumentar a eficiência energética. Em muitos casos, entretanto, pequenas mudanças também podem resultar em grandes ganhos. É o caso de desobstruir todas as saídas de refrigeração e aproximar dos racks. Outra mudança importante é vedar o ambiente, a fim de concentrar ainda mais o ar frio do ambiente”, diz Adriano Filadoro.

Para o diretor de tecnologia, de modo geral, os ganhos relacionados à terceirização do data center têm feito com que muitas empresas considerem mais a eficiência energética, do ponto de vista da TI ‘verde’. “Delegar a tarefa a uma empresa eficiente nesse nicho de mercado parece ser, do ponto de vista do meio ambiente e dos negócios, a decisão mais estruturada que se pode tomar”, diz.

*Adriano Filadoro é consultor de TI e diretor de tecnologia da Online Brasil (www.onlinebrasil.com.br), empresa que há 16 anos atua em segurança, data center, infraestrutura e sistemas.

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